sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Filhos ilustres da nossa terra


Oswaldo José Abritta nasceu em l908, no distrito de Cataguarino, município de Cataguases, filho de Boaventura José Abritta e Ana Lopes do Nascimento. Fez o ginásio como aluno interno no antigo Ginásio Municipal de Cataguases, hoje Colégio Manuel Inácio. Aos 23 anos, com seus colegas e professores, escreveu uma antologia manuscrita denominada Um pouco de tudo. Editou, também manuscrito, um jornalzinho de nome Farol.

Oswaldo José Abritta foi um dos integrantes do Movimento Verde. O movimento Verde surgiu em Cataguases em 1927, estendendo seu ciclo até 1929 com a publicação do 6º e último número da Revista Verde. O grupo de integrantes deste Movimento também manteve ligações com Humberto Mauro, um dos pioneiros do cinema nacional, que à época vivia em Cataguases.

A revista Verde começou a ser publicada em setembro de 1927, editada na tipografia do Cataguases e da loja A Brasileira. Sem periodicidade certa, a revista teve seis números, o último em maio de 1929, em homenagem a AscânioLopes, um de seus principais editores que havia falecido. Com a sua morte, houve um desencorajamento geral da equipe, mesmo porque alguns já haviam se dispersado para outras cidades.
Havia se cumprido o ciclo do movimento Verde com apenas 6 números da revista e intensa atividade literária pelo Brasil e até com penetração em outros países.

Carolina Valverde

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Curiosidades Jurídicas 1

O patrono dos juizes criminosos viveu na Roma dos césares, por volta do ano 60 depois de Cristo. Era um cidadão chamado Lucius Amarus Rufillus Appius, juiz e corrupto, que mercadejava suas sentenças e as assinava como L.A.R. Appius. É daí que deriva a palavra larappius, em latim, e larápio, em português.

Antônio Rufino Neto

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Publicidade - para quem tem pouco ou nada a ver com ela!

I – Introdução

Só disponho de meia hora para esta palestra e acho bom, porque o pulo-do-gato, em publicidade, é a concisão. O consumidor tem que ser conquistado na primeira cantada. A propósito, o menor texto que escrevi para locutor foi este: A Caixa Econômica Federal informa a hora certa: 00:00 - Toda hora é hora de poupar na Caixa. Durou cinco segundos.
Publicidade, ou propaganda, é assunto que não interessa à maioria das pessoas, embora todos estejam envolvidos por ela, dentro e fora de casa. Ela movimenta bilhões em qualquer moeda e já representou 2% do nosso PIB (Produto Interno Burro, disse o redator Haile Gadelha). Uma montanha desse dinheiro vai por água abaixo, pois metade da verba aplicada em propaganda é jogada fora. Problema é que ninguém sabe qual é essa metade.
Ainda que seja também uma das mais antigas profissões do mundo, a publicidade, tal como a conhecemos, surgiu nos Estados Unidos, em meados do século 19. Antes, era mais na base do charlatanismo, remédios milagrosos etc., sem ética nenhuma, o que, infelizmente, ainda deita e rola por aí. Os americanos deram um toque, por assim dizer, científico, fazendo pesquisas, testes do produto, do mercado. E faturando alto, claro.
O animal-símbolo da propaganda é a galinha. Enquanto ela põe um ovo, a bacalhoa, por exemplo, põe 20 mil – mas a galinha anuncia o seu produto. E está provado que quem anuncia vende mais. O objeto do desejo subjaz no inconsciente, é preciso tirá-lo de lá. Consumidor é como a criança que quer o brinquedo que está na vitrine, mesmo que tenha um melhor.
David Ogilvy, em quem mais pesquisei, disse que propaganda não é arte nem diversão, é informação. Já para Marshall McLuhan, é notícia, ainda que só dê boas notícias. Quando criticada, invoca em sua defesa dados como o de que, até o início do século 20, apenas 1,8% das pessoas escovavam dentes. Com a propaganda maciça de dentifrícios, o quadro se inverteu. Por outra, barateia os custos de jornais e revistas, sem falar de rádio e TV, e, dessa forma, democratiza o acesso à informação. Também amortece custos de espetáculos de arte e esporte, exercendo assim um certo mecenato.
“A pornografia e sua prima discretamente mais decente, a publicidade, apresentam um mundo ideal e escondem a realidade imperfeita” – John Updike. Como ele, são muitos os “do contra”, publicitários são até chamados “filhos de Goebbels”, ministro da propaganda de Hitler, que dizia que uma mentira repetida mil vezes acaba virando verdade. E é verdade, basta pensar no próprio nazismo e nessas seitas todas que grassam por aí.
Quanto a ocultar a “realidade imperfeita”, esta é também a fórmula do cinema e da TV, como antes era a do folhetim. Um pouco de fantasia não faz mal a ninguém. O inimigo nº l da propaganda é um nobre inglês que dizia à esposa: Querida, não existe absolutamente nada que mereça ser comprado. Nobres, contudo, são raça em extinção, a classe média é que interessa.
No mais, publicidade é uma profissão charmosa, paga bem e dá ao publicitário a sensação de estar produzindo algo parecido com arte, pois trabalha com escritores, pintores, fotógrafos, músicos, cineastas, atores, cantores, dançarinos, até “palhaços”.

Texto-base para palestra realizada numa faculdade (não vou fazer propaganda dela de graça) de Cataguases/1998

Antônio Jaime Soares